por Claudio Schapochnik*

Minha primeira experiência com o sobá, este prato de origem japonesa levado pelos imigrantes nipônicos ao Estado do Mato Grosso do Sul décadas atrás, foi extremamente saborosa. Adorei e já fiquei fã. O prato em questão foi o sobá à moda de Campo Grande, a capital do referido Estado, já que em terras brasileiras ocorreram naturalmente adaptações à receita original, feito pela chef Vanessa de Carvalho — dona do restaurante Sim Sobá localizado na Zona Sul de São Paulo e especializado em culinária sul matogrossense. Por causa da pandemia de Covid-19, que fechou o salão de bares e restaurantes na cidade permitindo apenas buscar no local ou receber as refeições em casa, recebi os sobás no prédio onde moro.

O almoço 100% sobaseiro ocorreu na semana passada (sexta-feira, dia 19/3). Duas vezes por mês, a chef Vanessa abre sua cozinha e prepara seus sobás apenas para viagem.

Recebi quatro sobás, pois aqui em casa somos em quatro: eu, minha esposa e o casal de filhos dela. Em relação aos sabores, foram dois de carne bovina, um vegetariano e um de carne suína — o mais tradicional, segundo a chef Vanessa.

Mas o que é o sobá? É uma refeição bem nutritiva servida numa cumbuca com massa, um tipo de carne (porco, boi, frango), omelete, cebolinha com um caldo escuro preparado com temperos típicos. Pode ainda ser vegetariano ou vegano.

SACOLA COM TUDO ARRUMADO
Os sobás chegaram em duas sacolas de papel (dois em cada) com o colorido logo, de muito bom gosto, do restaurante Sim Sobá.

Os pratos vieram de muito longe: do bairro do Campo Belo, na Zona Sul. Não sei o caminho que o entregador fez, mas ele cruzou a cidade para a entregar as sacolas na minha casa, que fica na Lapa, na Zona Oeste.

Como se diz atualmente, os sobás “viajaram” super bem. O entregador foi muito cuidadoso (obrigado!). Tudo estava no lugar, não escorreu nada e, pasme, o caldo, que vem numa garrafinha de plástico, e a cumbuca, também de plástico, montada com os ingredientes digamos “secos”, chegaram quentes!

Dentro das sacolas, além dos caldos e das cumbucas, havia ainda um par de hashis (palitos de madeira, usados para comer), um sachê de shoyo (molho de soja) e um potinho muito especial, de uma raiz da qual sou muito fã: gengibre, no caso passado no processador. Sou vidrado pelo sabor que mescla refrescância e picância.

Em cada sacola havia ainda um bilhetinho com as instruções de como preparar o prato. Fundamental, muito bem escrito e simples de executar.

SOBÁS: NÃO SOBROU NADA!
Depois de preparar o meu sobá, no caso o de carne de porco, coloquei ainda todo o conteúdo do shoyo e gengibre. Separei meus hashis e… Nossa, que maravilha de prato!

Massa bem cozida, talvez o linguine ou um semelhante; carne de porco bem fritinha e temperada cortada em pequenos cubos; caldo muito, mas muito saboroso; omelete super fininho e cortado parecendo um tipo de massa; e uma boa dose de cebolinha. Que gostoooooooso!

Para sorver o caldo, ainda que tinha pegado uma colher, virei mesmo a cumbuca com cuidado direto na minha boca — vantagens de se comer em casa. Se fosse no salão do restaurante da chef Vanessa, que pretendo ir assim que for possível, acho que não faria assim.

Perguntei aos meus enteados se gostaram do sobá de carne bovina, e a resposta foi positiva. A mesma resposta veio de minha esposa, que comeu o vegetariano — onde a carne foi substituída pelo cogumelo shimeji, que ela adora de paixão.

Vale lembrar que o sobá satisfez as quatro pessoas. Ou seja, a porção alimenta bem uma pessoa.

Adorei o sobá à moda de Campo Grande da chef Vanessa de Carvalho. Vale super a pena e o recomendo tranquilamente. Para saber os dois dias de entrega do mês do próximo mês de abril, ligue para os números abaixo para se informar.

*O Que Gostoso! recebeu os pratos gentilmente da chef Vanessa de Carvalho, dona do restaurante Sim Sobá

SERVIÇO:
Restaurante Sim Sobá
Rua Zacarias de Góes, 1.770, Campo Belo, São Paulo/SP
Tel. (11) 2892-0527
Whats App: (11) 98696-5212
www.simsoba.com.br