por Claudio Schapochnik_Rio de Janeiro/RJ

A primeira vez que ouvi o nome joelho, aplicado à área dos salgados assados, foi há muitos anos no programa Caldeirão do Huck (TV Globo), quando o apresentador Luciano Huck percorria a região do Saara, de comércio popular no centro do Rio de Janeiro, e entrou num bar que vendia o quitute. Achei bastante diferente esse nome carioca para o que se chama, em São Paulo, de enroladinho. Em Copacabana, na Zona Sul da capital fluminense, há um estabelecimento 100% dedicado ao joelho e com um nome pra lá de original. É o La Joelheria.

Fiquei sabendo da casa, que já existe há dois anos, pelo editor da Panrotas, Artur Luiz Andrade, com quem trabalhei como seu repórter cerca de 14 anos na redação da editora homônima — que cobre o setor do Turismo para os profissionais do setor. “Carioca da gema”, Artur, que voltou a viver na sua cidade e no seu bairro (Copacabana) após cerca de duas décadas em São Paulo, conhece a região como poucos e me contou pelo Whats App sobre a La Joelheria.

Juro que quando li joelho na mensagem do Artur não pensei no salgado mas, sim, no joelho de porco. Rs…

Na minha mais recente estada na Cidade Maravilhosa, na semana passada, fui conhecer a casa de joelhos — que em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, recebe o nome de italiano.

Já aviso que não provei nada, visto que a visita ocorreu após o almoço com, justamente, o Artur. Foi um reencontro muito bacana. A última vez que o vi foi ainda em São Paulo, antes do início da pandemia de Covid-19. Comemos no Parada de Copa Boteco, também em Copacabana — tema de um outro artigo, em breve.

MAIS DE 40 SABORES
A La Joelheria ocupa um espaço bem pequeno numa movimentada rua, a Figueiredo de Magalhães. Ao entrar, há um balcão junto à cada parede e, ao fundo, após o caixa e o expositor, a cozinha. E só.

A casa produz mais de 40 sabores divididos em seis linhas: Especiais, Vegana, Master, Integral, Premium e Doce.

Para mim isso é uma infinidade de sabores, visto que, na minha infância e adolescência, só havia um tipo de enroladinho: o de pizza — presunto, queijo, tomate e orégano. Eu o comia no intervalo das aulas da Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus “Padre Manoel da Nóbrega”, escola pública estadual apelidada de Matão. Fica na Casa Verde na Zona Norte de São Paulo, onde estudei de 1979 a 1985. Comprava na cantina do seu Nélio e do seu Oswaldo. Adorava. Bons tempos de aluno do Matão.

Na La Joelheria essa memória toda veio à tona. Bom demais.

Dos mais de 40 sabores da casa chamaram a minha atenção recheios como de pastrami com queijo brie, presunto de parma com quijo meia cura, cebola caramelizada com gorgonzola, lombo canadense com gorgonzola e palmito com champignon. Diferente saber ainda que fazem joelhos doces, novidade total para mim, como de doce de leite (puro, com paçoca ou coco), banana com chocolate (ao leite, branco ou ambos) e Nutella original (puro, com paçoca ou coco).

Pelo que vi e senti dos aromas, o estabelecimento parece servir joelhos muito bons. Os produtos têm um giro imenso, percebi por lá, tanto pra comer ali mesmo quanto para entrega.

Aliás, para quem mora no Rio de Janeiro e fizer o pedido de entrega pelo site ou aplicativo próprio da casa, disponível no Google Play e App Store, “você paga 15% a menos que nos aplicativos de delivery (Ifood, Rappi e Uber Eats)”, informa o folheto que peguei na loja. Ótimo desconto!

Então caso você esteja em Copacabana e queira fazer um lanche com joelhos ou comprá-los para levar para onde você está hospedado, a La Joelheria é uma boa pedida.

E eu, numa próxima vez no Rio de Janeiro, vou lanchar lá, com certeza.

SERVIÇO:
La Joelheria
Rua Figueiredo de Magalhães, 354, Loja E, Copacabana, Rio de Janeiro/RJ
Tel. (21) 2051-9232 e Whats App (21) 97546-5964
www.lajoelheria.com.br
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