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Centro Max Feffer leva cultura em Pardinho

por CLAUDIO SCHAPOCHNIK_Pardinho/SP*

Além de oferecer turismo rural e gastronômico bem variado e de qualidade, Pardinho, distante pouco mais de 200 quilômetros a Oeste de São Paulo, tem um importante empreendimento cultural. É o Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade, na área central do município, onde todas as atividades são gratuitas.

Aberto em 2008, o lindo projeto do edifício leva a assinatura da arquiteta Leiko Hama Motomura. Graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, ela é uma das pioneiras da ecoarquitetura no País. Tanto que o bambu é o material mais utilizado no centro cultural.

A patrona do empreendimento é a família judaico-brasileira Feffer, proprietária de uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo, a Suzano. Família com origem na Ucrânia — país onde nasceu o patriarca Leon (1902-1999), que imigrou para o Brasil em 1920 e iniciou sua história de sucesso na indústria brasileira. Leon foi casado com Antonietta, e o casal teve filhos — entre eles Max (1926-2001).

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No alto vista geral do prédio do centro cultural e, acima, Leon e Max Feffer, respectivamente, pai e filho, em foto de painel no empreendimento (fotos Claudio Schapochnik/Que Gostoso!)
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Detalhe da construção com bambus no Max

Vem desse filho do casal Feffer, nascido na capital paulista, o nome dado ao centro cultural de Pardinho. Max é ainda o nome como as pessoas da cidade se referem ao empreendimento.

Trata-se de uma homenagem dos Feffer a um membro ilustre da família que, engenheiro formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e executivo da Suzano, sempre foi intimamente ligado às artes e à cultura.

Essa paixão e sua atuação como industrial o levaram a aceitar o convite de Paulo Egydio Martins, governador do Estado de São Paulo entre 1975 e 1979, para ser o secretário de Cultura, Ciência e Tecnologia.

Max ocupou a pasta de 1976 a 1979. Entre seus legados, conforme destaca o site do centro cultural, estão os Festival de Jazz (descontinuado) e o Festival de Inverno de Campos do Jordão, iniciativas que ajudou a desenvolver.

Em Pardinho, a família Feffer é dona da Fazenda Bambus, onde cultiva diversas espécies do vegetal. E também fundou, em 2005, o Instituto Jatobás. É a Organização da Sociedade Civil que administra o centro cultural, criado por Betty Feffer, esposa de Max, e Luiz Alexandre Mucerino.

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A cobertura feita com bambus em área para grandes apresentações do centro cultural, com a biblioteca ao fundo

EDIFÍCIO SUSTENTÁVEL
O Max foi erguido em uma praça pública cedida pela Prefeitura Municipal de Pardinho.

Segundo ainda o site do centro, o Max “traz, em sua concepção, uma série de técnicas inovadoras dos chamados ´edifícios verdes´, e destaca-se por sua cobertura desenvolvida com bambu. O projeto é reconhecido mundialmente como exemplo de construção sustentável, tendo recebido a certificação Leadership in Energy and Environmental Design – Leed, concedida pela United States Green Building Council, e menção honrosa na 8º Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, realizada em 2009”.

Conheci o Max numa tarde. Havia uma oficina de mosaico em curso e, junto à biblioteca, jovens curtiam um jogo não digital do acervo da biblioteca.

O prédio é muito bonito e gostei do destaque dado ao bambu na construção. De fato, o projeto merece os louros que recebeu.

A programação contemplou e contempla oficinas culturais, apresentações de dança e música e exposições diversas.

Para saber mais sobre a agenda e o equipamento cultural, veja abaixo em Serviço.

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O editor do QUE GOSTOSO!, Claudio Schapochnik “Schapo”, na visita ao Max

*O QUE GOSTOSO! visitou o Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade com apoio da Agência de Negócios para o Desenvolvimento do Empreendedorismo Local (Andel) e La Cuesta Travel

SERVIÇO:
Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade
Praça Ademir da Rocha, s/n°, Pardinho/SP
Tels. (14) 3886-1491/1104
centromaxfeffer@institutojatobas.org.br
www.centromaxfeffer.org.br

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