por Claudio Schapochnik
Uma das construções mais belas feitas pelo homem, em meio à uma natureza incrível, e um dos ícones da França, a abadia do Mont Saint-Michel merece ser visitada. Foi o que fiz em 2017. A construção ocupa parte de uma pequena ilha (foto acima) que, quando a maré está baixa, fica unida ao continente. Na parte de baixo há casas, hotéis, lojas e restaurantes e, na parte de cima, a abadia que começou a erguida na segunda metade do século 10 pelos beneditinos.
De quebra, na hora da fome, prove uma das iguarias locais – o omelete criado por Annette Poulard em 1888. Annette foi, além de cozinheira de mãos cheias, uma empreendedora junto com o marido, Victor. Naquele ano o casal abriu a pequena pousada Auberge La Mère Poulard, que hospedava e alimentava os peregrinos que visitavam a abadia.
O Mont Saint-Michel fica no departamento da Mancha, na região da Normandia, no Norte da França. Foi o primeiro monumento francês inscrito na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco, em 1979, e recebe cerca de 2,5 milhões de turistas por ano.



Mont Saint-Michel é ainda o nome de uma cidadezinha turística por excelência, situada ao lado da foz do rio Couesnon, que deságua no mar em frente à famosa ilha.
Para ir à ilha, a partir da cidade, é só seguir a única avenida do lugar e depois atravessar a ponte. Um ônibus que faz este trajeto (grátis), mas é melhor ir a pé para curtir a paisagem e fazer muitas fotos.
A construção de uma abadia no lugar origina-se de um sonho de Saint Aubert, bispo de Avranches. Ele sonhou com São Michel, que apareceu por três vezes em 708. O lugar ganhou status de culto a este santo, e a abadia foi erguida a partir do no século 10 pelos beneditinos.
Uma muralha, erguida nos anos 1.200, circunda a ilha. Uma vez lá dentro, você volta à Idade Média. Incrível como a arquitetura te remete ao passado.



Mais tarde o Mont Saint-Michel foi ponto de resistência dos franceses contra os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos, ocorrida nos séculos 14 e 15. Em decorrência da Revolução Francesa, em 1789, os monges abandonaram o Mont Saint-Michel. A abadia virou uma prisão entre 1793 e 1863.
No interior da abadia não há praticamente arte sacra e sobra o estilo arquitetônico gótico. No terraço, o visitante vê o continente e o mar e a vilazinha abaixo. Paisagens exuberantes.
Desde Paris, a viagem ao Mont Saint-Michel leva cerca de 3h no total com trem e ônibus. O interessado deve pegar o trem na estação Montparnasse com destino a Rennes. Na mesma estação há ônibus que levam ao destino final. Para saber os horários nos dois sentidos, clique aqui.
HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO
Para quem quiser ficar na ilha ou continente, há várias opções de hotel, de várias classes, e restaurantes. Com o nome, indicado no início do texto, o grupo La Mère Poulard é o maior nestas duas áreas no lugar. Reúne seis hotéis – três na ilha e três no continente – e oito restaurantes – cinco na ilha e três no continente.
“Somos o maior grupo de hotéis e restaurantes no Mont Saint-Michel”, disse a gerente de Vendas da empresa, Marie-Laure Delpoux-Heslouin, em recente viagem ao Brasil, onde reuniu-se com jornalistas em São Paulo.



“Convidamos os brasileiros a se hospedar e comer nos nossos estabelecimentos”, emendou Marie-Laure. “Provem nosso tradicional omelete, criado pela senhora Annette Poulard em 1888, que é frito no forno à lenha.”
Na capital paulista, a gerente de vendas do grupo francês estava junto com outros executivos de cidades da Normandia. O road show, que passou por outras cidades, foi organizado pela CC Hotels, de Christiane Chabes, que representa vários municípios normandos no Brasil.
Vale lembrar que o grupo também produz bolachinhas, com receitas originais da Mère Poulard, que são vendidas em uma loja na ilha.