por CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Ainda não conheci a China, ainda. No entanto, de ver cenas em documentários sobre a culinária super diversa do gigante do Oriente, ouso acreditar que muitos dos pratos do extenso cardápio do restaurante Chi Fu estão próximos daqueles feitos naquele país da Ásia. Isso é uma característica importante dessa casa localizada na Liberdade, região central de São Paulo.
O Chi Fu se autonomeia como “restaurante cantonês”. Cantão, ou Guangzhou, é o nome de uma cidade e Província da China. Fica perto de Macau e Hong Kong. Cantonês é, ainda, o nome de um dos idiomas oficiais do país.

Conheci o restaurante cantonês anos atrás graças ao meu querido professor de química no Colégio Equipe, em 1989, Jonas Gruber. Depois fui mais uma vez lá, também há muito tempo, sozinho. Nessas duas vezes comi carne com molho de pimenta com arroz branco.
Mais recentemente, no mês passado, fui novamente ao Chi Fu almoçar com o Jonas e levei o meu enteado, que também adora comida chinesa. Foi um encontro agradável com ótimo papo.
Nesse vez também pedi novamente a carne com molho de pimenta com arroz branco, que dividi com professor. Para quem adora demais pimenta e carne macia, esse prato é como um ímã. Meu enteado pediu macarrão com carne.

REGRAS
No Chi Fu, a maior parte dos garçons e das garçonetes é formada por imigrantes chineses que não falam português — ou não falam o básico de um vocabulário específico para o segmento de restaurante.
Um ou outro funcionário é brasileiro, e com eles dá para tirar uma dúvida.
Nesse sentido, você faz o seu pedido anotando o número do prato do cardápio e entrega à pessoa.
Antes de ir ao Chi Fu, uma informação crucial — a casa somente aceita dinheiro. Portanto, se você está acostumado a fazer pix ou pagar com cartões de débito e crédito ao frequentar bares e restaurantes, ponha notas de real na sua carteira. Não esqueça.
Na hora de ir embora, peça a nota no caixa correspondente à sua mesa e pague. A comanda está em algum idioma da China (imagino que em cantonês), mas com o número dos pratos ao lado.



A EXPERIÊNCIA
Cheguei 12h30 à casa, que já estava cheia. O Jonas já estava numa mesa.
A carne com molho de pimenta, a porção grande de arroz branco e o macarrão com carne chegaram após cerca de 20 minutos. Tudo bem quente.
Preferi comer na cumbuquinha com palitos, mas depois optei pela colher pois o caldo “desfazia” o arroz.

O prato estava muito bom, bem forte, ardido mesmo, em meio a um caldo temperado cheio de pimentas, de três tipos pelo menos, cogumelos e outras especiarias. Os nacos de carne estavam macios. Que gostooooooso!
Percebi que havia folhas de coentro no caldo e, como anticoentrista que sou, as retirei prontamente.
Depois provei um pouco do macarrão com carne. Veio com brotos de feijão e cebolinha. Ótimo. Que gostooooooso!

Vale destacar que as porções são fartas. Dá para compartilhar numa boa.
A conta deu um total de R$ 185, já com as bebidas (água e refrigerante) e, imagino, o serviço. Ou seja, pouco mais de R$ 60 por pessoa. Valor aceitável para uma experiência culinária bem próxima, arrisco dizer, da original na China.

Recomendo bastante o Chi Fu. Chegue cedo, ainda mais se for num sábado ou domingo, e não esqueça de levar notas de reais na carteira.
SERVIÇO:
Chi Fu
Praça Carlos Gomes, 200, Liberdade, São Paulo/SP (ao lado da estação Japão-Liberdade da linha Azul do Metrô)
Tel. (11) 3112-1698
Horário: segunda a sexta, 11h às 15h30 e 17h30 às 21h; sábado, 11h às 16h30 e 17h30/21h; e domingo, 11h às 16h30 e 17h30 às 21h
Facebook