por Claudio Schapochnik
Como uma forma de promover o conhecimento e o gosto pelos vinhos, sempre com certificação kasher ou kosher (ambos os nomes estão certos) e aproveitando a proximidade de Pessach (a Páscoa judaica), a Congregação Monte Sinai, em São Paulo, e a importadora Vinik promoveram uma degustação nesta segunda (dia 15 de abril). O evento, realizado no salão da sinagoga, foi liderado e apresentado pelo rabino David Azulay.
“O vinho tem um papel fundamental no judaísmo, em várias cerimônias”, explicou Azulay ao público. “O vinho alegra, deixa a pessoa feliz”, emendou ele.
No entanto, no judaísmo, é fundamental que o vinho esteja de acordo com as leis dietéticas – o conjunto destas normas recebe o nome de Cashrut.


De acordo com o site da instituição religiosa judaica Beit Chabad, as palavras kasher e kosher “querem dizer a mesma coisa: um produto apto, apropriado ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da dieta judaica”.
Segundo a tradição judaica, as leis da Cashrut foram outorgadas por Deus ao povo judeu no recebimento da Torá (o livro sagrado do judaísmo), no Monte Sinai.


Para saber que o vinho está de acordo com a Cashrut, a pessoa tem de olhar no rótulo de trás da garrafa. Lá é o local onde está o selo – ou mais de um – que certifica o produto. Entre outros, um dos mais presentes é o OU, dos Estados Unidos. Segundo a OU, o selo certifica “mais de 1 milhão de produtos em todo o mundo”.
A certificação assegura ainda que um rabino supervisionou a produção da bebida.
Antes de cada degustação, o apreciador de vinhos Jack Lisbona fazia uma breve explicação.


No evento, a Vinik trouxe cinco rótulos – todos com certificação kasher. Confira os vinhos: Freixenet Cava Excelencia Kosher (Espanha); Baron Herzog White Zinfandel 2017 (Califórnia, Estados Unidos), Siviano Meloso Red 2017 (Sicília, Itália); Royale Cabernet Sauvignon 2015 (França); e Dalton Shiraz 2016 (Galileia, Israel).
Destes cinco, adorei o Baron Herzog. Cor linda, suave e levemente doce.


Especializada em vinhos kasher, a importadora Vinik vende os rótulos em sete pontos na cidade de São Paulo e também pela internet – por meio da Kosher Delivery. Para mais informações, clique aqui.




A Congregação Monte Sinai foi fundada por judeus libaneses que imigraram para São Paulo em 1928. A primeira sede foi no bairro da Mooca (Zona Leste da cidade), onde eles se fixaram. Com a mudança das famílias para outras regiões, sobretudo Avenida Paulista e Higienópolis, a congregação comprou um terreno neste bairro em 1971 – rua Piauí, 624. Lá que foi construída a nova sinagoga.
Os serviços religiosos são conduzidos pelos rabinos David Azulay e Yossef Sisro. David Salim Cohen é o presidente da instituição.