Livro retrata influência africana na cozinha do Brasil

O antropólogo e museólogo Raul Lody mergulhou nos sabores e nas histórias da cozinha ancestral africana, tão presente na mesa dos brasileiros. Este acervo patrimonial da culinária africana está reunido no livro Kitutu: histórias e receitas da África na formação das cozinhas do Brasil (184 páginas, Editora Senac São Paulo).

“Lody discorre sobre mitos relacionados à comida e apresenta uma variada seleção de comidas africanas – principalmente dos países lusófonos –, em um convite para que o leitor não apenas conheça os pratos tradicionais, mas também reconheça neles elementos que fazem parte do cotidiano”, conta a Editora Senac São Paulo por meio de um comunicado. No alto, foto do prato de origem africana vatapá.

“O nome do livro refere-se à palavra ´quitute´. Expressão muito utilizada para designar iguaria bem feita, o termo é derivado da palavra kitutu, originária da língua quimbundo.”

A capa do livro (fotos divulgação)

SOBRE O AUTOR
Raul Lody tem 59 anos e é antropólogo e museólogo, criador e curador do Museu da Gastronomia Baiana (Senac Bahia, 2006), museu pioneiro na América Latina. Representa, no Brasil, a International Commission on the Anthropology of Food (ICAF). Também é criador e coordenador do Grupo de Antropologia da Alimentação Brasileira da Fundação Gilberto Freyre.

Seu livro Culinária Caprina (Editora Senac Nacional) foi considerado, em 2006, o melhor do mundo na categoria “single subject” pelo Gourmand World Cookbook Awards. Em 2008, com o livro Brasil Bom de Boca: temas da antropologia da alimentação (Editora Senac São Paulo), recebeu outro prêmio do Gourmand World Cookbook Awards, na categoria “melhor livro de literatura em gastronomia” do Brasil.

Em 2009, organizou o livro Dendê: símbolo e sabor da Bahia e, em 2010, recuperou os originais e organizou nova edição do Dicionário do Doceiro Brasileiro, de Antonio José de Souza Rego (publicado originalmente em 1892), uma das obras mais importantes da história.

Deixe uma resposta