Casa serve bons noodles em Jerusalém

por Claudio Schapochnik_Jerusalém/ISRAEL

Em Israel, durante o Shabat, o descanso semanal judaico – que começa no pôr-do-sol da sexta e vai até o pôr-do-sol do sábado – quase todos os estabelecimentos que vendem comida e bebida (restaurante, bar, mercado, padaria, café etc) ficam fechados. Exceto aqueles lugares cujos donos são judeus que não respeitam o Shabat ou são de proprietários cristãos, muçulmanos ou de outra filiação religiosa que não tem restrição ao trabalho neste período. Estes lugares que abrem para o jantar na sexta e o almoço no sábado, numericamente, são poucos, mas existem. Basta procurar ou pedir ajuda na recepção do hotel ou ainda consultar na internet.

A fachada da casa oriental (fotos Claudio Schapochnik/Que Gostoso!)

Estava nesta situação em Jerusalém, a capital do Estado de Israel, há cerca de duas semanas na minha viagem de férias com minha esposa. Estávamos passeando na área perto do shopping de luxo Mamilla, também fechado, e aí vi a vitrine de um restaurante chinês, o Mian. “Será neste aí”, pensei sobre o nosso almoço.

Horas depois voltamos ao Mian. O salão é pequeno. A gente se sentou numa mesa para quatro pessoas, mas um dos donos pediu para que fôssemos para uma mesa de dois lugares. Mudamos, ok.

Naquele momento quase todos os lugares estavam ocupados. Bom sinal, dizem. O senhor que nos atendeu falava hebraico, inglês e o seu idioma natal, talvez o mandarim.

Pedi um noodle com frango (45 shekalim/R$ 45; foto no início deste texto) e minha esposa, um noodle com tofu (48 shekalim/R$ 48). Não demorou a chegar e “pousou” bem na mesa: bem quente, saboroso e bonito. Logo pedi um molho picante, prontamente atendido. Era ótimo, bem forte. Para beber, fomos de água da casa, “gratuita” (embutida no preço, claro).

Gostei muito do meu noodle, ainda que a cumbuca poderia ter vindo com mais comida… Provei um pouco do noodle da minha esposa e gostei também. Comida caseira de qualidade. Recomendo.

Na hora de pagar, o papel da conta tinha uma contradição: as palavras “no” e “lo” – “não” em inglês e hebraico, respectivamente – estavam apagadas nas frases “Serviço não incluído”. O que se entende é que não é cobrado o serviço, correto?

Que nada! Cobram o serviço. E de 12%. Quase vizinho ao Mian, há um mercado que vende bebidas, sorvetes, salgadinhos etc. Outro útil estabelecimento que abre durante o Shabat.

A polêmica nota: serviço obrigatório, sim!

O Mian funciona diariamente das 11h30 às 21h30, e fica na rua Shlomo Ha Melekh, 22 – em frente ao Mamilla Mall.

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