Os gostosos e diferentes petiscos do novo B.A.R. SP

Os gostosos e diferentes petiscos do novo B.A.R. SP

por Claudio Schapochnik*

“Criatividade saborosa” pode ser o resumo, em uma só expressão, da proposta do cardápio do recém inaugurado B.A.R. SP. Lá estão, por exemplo, petiscos como os bolinhos de bobó de camarão e de queijo canastra com costelinha suína. O estabelecimento fica numa casa de esquina com espaços bem distribuídos no Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo, e pertence a Elias Chamié, também chef, e mais um sócio. Recentemente, fui almoçar e saborear alguns dos acepipes e gostei muito do que provei.

Chamié e o sócio conhecem muito bem o segmento da Restauração. A dupla foi sócia por muitos anos de um bufê que atendia, com competência e profissionalismo, sobretudo o mercado corporativo da capital paulista. Com a pandemia de Covid-19, o bufê foi mais uma vítima fatal da triste lista de fechamentos definitivos no segmento da Gastronomia em todo o País. Mas a vida tem de seguir…

No alto a costelinha suína com o molho barbecue caseiro e, acima, os bolinhos de queijo canastra e costelinha de porco (fotos Claudio Schapochnik/Que Gostoso!)
Mesas no salão: ambiente bem dividido
Prato executivo de fraldinha com legumes e purê de batatas (foto divulgação)
Os bolinhos de bobó de camarão

E então Chamié e o sócio resolveram montar um estabelecimento descolado. “Pensamos e abrimos um boteco, com um menu que segue este estilo de bar descontraído que o brasileiro tanto adora”, disse-me Chamié, responsável pelo cardápio e pela cozinha. Ele é um chef criativo que prima pela qualidade. “O que dá para fazer aqui na cozinha, eu e minha equipe fazemos; prezamos pelo artesanal e passamos longe dos ultraprocessados”, assegurou o profissional.

A criatividade de Chamié, que pode ser vista no cardápio — e no que vem pela frente —, pode ser explicada pela história pessoal dele. A família do pai é libanesa, a da mãe, italiana, ele nasceu em Belém do Pará e vive em São Paulo há muitos anos. Essa mistura, sem dúvida, ajudou a moldar a culinária praticada pelo chef.

No menu, a distribuição da oferta utiliza títulos não convencionais. Confira: Pra curtir, Pra matar a fome, Pra manter a forma, Pra criança, Pra enfiar o pé na jaca, Pra matar a sede e Pra dar um tempo.

“Há itens no menu que não são novidade, mas que temos de oferecer pois as pessoas gostam, como o dadinho de tapioca, batata frita, caldinho de feijão, isca de peixe à milanesa, carpaccio, torresmo, pastel etc”, explicou o chef.

O sócio e chef da casa, Elias Chamié
A salada Brasileira: rúcula, agrião, muçarela de búfala, chips de mandioquinha e sal de gengibre com amendoim (foto divulgação)
Os mini pastéis da casa
O ambiente no terraço superior da casa

Em relação à casa, vale destacar que possui alguns ambientes: o salão interno, onde também ficam a cozinha e o bar; mesas e tambores (daqueles de óleo lubrificante, vazios, ideais para apoiar copos, garrafas e petiscos) na calçada; andar superior onde ficam os banheiros, outro salão, que pode ser usado também para pequenos eventos, uma área privativa e terraço aberto com mesas e tambores. “Comportamos bem mais de 100 pessoas, mas por causa da pandemia, só atendemos hoje 40%”, contou Chamié.

A decoração segue as cores da bandeira de São Paulo (preto, branco e vermelho), também do cinza, e plotagens nas paredes de cartões-postais paulistanos.

B.A.R. SP: MINHAS EXPERIÊNCIAS
Estava sozinho e, por isso, provei porções menores das que regularmente são servidas.

Comecei com os bolinhos de os bolinhos de bobó de camarão e de queijo canastra com costelinha suína. Bem sequinhos e quentinhos e bem diferentes. O de bobó de camarão estava muito bom, cremoso e com um camarãozinho no recheio. Adorei o de queijo com costelinha de porco. Bem temperado, recheio farto da carne suína desfiada e em combinação com o queijo bem derretido.

Depois continuei nas frituras. Provei um pastel de cada — queijo, carne seca e rabada. Massa crocante e sequinha, com recheios tradicionais, ainda que nunca tinha provado o de rabada. E gostei muito desse, bem temperado. Aí provei a isca de peixe à milanesa, feita com pescada amarela. Delícia! Feita com farinha Panko e que derreteu na boca, com as gotas de limão.

O bar do estabelecimento (foto divulgação)
A isca de filé de peixe empanado
O hambúrguer (a carne está abaixo do queijo) e a maionese de salsinha: sabor surpreendente
O chef Elias com a brigada da cozinha: Everaldo, à esq., e Marcelo, Lucas e Gil

Logo após provei o hambúrguer da casa, montado no pão ciabatta rústico com queijo e maionese de salsinha. Nesse, a “pegada” está no blend do disco de carne: patinho, linguiça suína e óleo da fritura do bacon. Nossa, ficou dez, com aquele leve sabor do defumado do bacon. A maionese de salsinha, com alho também, estava ótima.

Houve espaço ainda para provar outra forma de costelinha suína: assada em baixa temperatura por quatro horas e servida com o molho barbecue. Sim, esqueça aqueles molhos desse tipo servidos em alguns fast foods de comida estadunidense, que lembram mais uma calda grossa. O feito pelo chef Chamié é de outro nível, caseiro, leve e com as mesmas características. Só poderia vir mais no prato, pois é muito gostoso.

Em relação às sobremesas, provei o brigadeiro de colher com farofa de paçoca e flor de sal e o pudim de leite com calda de caramelo. Ambas estavam bem saborosas.

O brigadeiro de colher, farofa de paçoca e flor de sal (foto divulgação)
A banana flambada na cachaça com sorvete de nata (foto divulgação)

NO FUTURO, O PARÁ
O cardápio da casa ainda oferece pratos executivos, no almoço durante a semana, opções de pratos principais com a escolha de dois acompanhamentos, e bufê de feijoada onde a pessoa se serve a vontade, servida às quartas e aos sábados.

“Mais para a frente, vou incluir itens paraenses no menu”, avisou o chef Chamié. Adorei ouvir isso, visto que aqui em São Paulo a riquíssima culinária do Pará não é tão conhecida. Fui uma única vez a esse Estado, para a capital Belém, e realmente há muitas coisas desconhecidas ou pouco conhecidas na capital paulista, sejam ingredientes e formas de preparo. Que assim seja!

O bufê de feijoada da casa: servida às quartas e aos sábados (foto divulgação)
Outro prato executivo: meio galeto com legumes e arroz biro-biro (foto divulgação)
Os dadinhos de tapioca
Espaço no andar de cima da casa: para pequenos eventos

A casa trabalha com aplicativos de entrega (Ifood, Uber Eats, Rappi e Loggi) e com entrega própria e gratuita, em um raio de até dois quilômetros a partir do estabelecimento.

Pelo que provei recomendo, sim, o B.A.R. SP. Boteco criativo, descontraído, com opções muito saborosas e a preços bem razoáveis.

*A reportagem do Que Gostoso! almoçou a convite dos sócios

SERVIÇO:
B.A.R. SP Bar e Restaurante
Rua Pascal, 853, Campo Belo, São Paulo/SP
Cardapio
Horário: de terça a sábado, das 11h30 às 21h; domingos e feriados, das 11h30 às 18h
Tel. (11) 5542-0490
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