por Claudio Schapochnik
Época de Natal, panettone na mesa. É assim na casa da maioria dos brasileiros. O produto nascido na Itália ganhou por aqui dezenas de outros recheios — alguns bem aceitos pelo paladar nacional, como sobretudo os que levam chocolate, e outras invencionices que nem merecem ser descritas pois podem causar fortes reações… Mas o panettone tradicional, aquele com frutas cristalizadas, ainda é bastante bem recebido. E se falar de um em especial, o da rotisserie Felice e Maria por Massimo Ferrari localizada na Zona Sul de São Paulo, que recebi graciosamente dias atrás, a experiência de prazer é elevada à décima potência, de tão gostoso que é.
O panettone Felice e Maria, produzido e comercializado pelo famoso, competente e super simpático restaurater Massimo Ferrari — dono de um sorriso marcante e carismático —, tem um sabor único por causa, seguramente, da receita. A intenção aqui é recuperar a tradição de um produto 100% italiano.
Massimo buscou na receita desenvolvida por sua mamma, Maria, esse resgate no sabor do verdadeiro panettone italiano. Modestamente, afirmo que ele acertou em cheio. O nome do produto é uma justa homenagem aos pais de Ferrari, imigrantes italianos que se radicaram no Brasil.
Feito apenas com frutas cristalizadas e uma crosta açucarada de amêndoas e nada mais, o panettone Felice e Maria é fermentado naturalmente. Destaco ainda: massa úmida e macia; aroma delicioso que perfuma delicadamente o entorno; e a quantidade de amêndoas e frutas cristalizadas, que são tenras, na medida certa. Grazie mille, dona Maria e Massimo!
Em 2019, lembra o restaurateur, a fornada do panettone se esgotou bem antes do Natal e reflete, ainda, o crescente interesse dos consumidores por produtos de origem artesanal oferecidos por comerciantes locais.
Para garantir qualidade, assegura Massimo, a produção segue um número limitado de unidades, vendidas apenas no club gourmet Felice e Maria. Para evitar que o produto acabe logo, como ocorreu no ano passado, o lote deste ano é um pouco maior.
O panettone Felice e Maria pesa um quilo e é vendido em uma embalagem clássica (R$ 148) e que pode vir com um pequeno boneco artesanal de Papai Noel (R$ 168).
EVENTOS, PRATOS E ENCOMENDAS
Aberto por Massimo em 2016, a rotisserie Felice e Maria incorpora mais de 60 anos de tradição da culinária italiana em São Paulo. A casa tem um salão subterrâneo, organizado em torno de uma cozinha equipada com tecnologia de ponta e com exclusivos 40 lugares, no qual são servidos pratos tradicionais.
No térreo, os clientes podem se confraternizar em uma das mais completas bibliotecas gastronômicas do País, na qual Massimo reúne mais de 16 mil livros e periódicos de todo o mundo que colecionou nas últimas décadas. “O Felice e Maria é um ninho de gastronomia pura, de respeito às raízes, à família e à tradição”, resume ele por meio de um comunicado.
Além da produção de massas, assados e sobremesas sob encomenda, a casa especializou-se na realização de cafés da manhã, almoços e jantares feitos sob medida para grupos de 20 a 40 pessoas.
Aos domingos é servido um almoço completo, com antepasto, entrada, prato principal e sobremesa. Reservas com antecedência são imprescindíveis: há apenas 40 lugares.
Ainda não conheço o Felice e Maria nem as refeições, imagino, bárbaras feitas por Massimo Ferrari e sua equipe. No entanto, provei e virei fã do seu panettone. Super recomendo.
SERVIÇO:
Felice e Maria
Rua Helion Póvoa, 45/65, Vila Olímpia, São Paulo/SP
Tel. (11) 3849-2504
Horário: segunda à sexta, das 10h às 17h, e sábado e domingo, das 10h às 15h
www.felicemaria.com.br
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